Pode-se definir Food Truck como uma cozinha móvel, de dimensões pequenas, sobre rodas, que transporta e vende alimentos de forma itinerante. A infraestrutura necessária é planejada para poder atender às necessidades de preparação e comercialização dos alimentos segundo as exigências da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) municipal e estadual, Prefeitura, Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
A maioria dos veículos é formada por trailers, furgões, caminhonetes ou caminhões adaptados. Para iniciar um negócio, é necessário constituir empresa e obter concessão da prefeitura e da vigilância sanitária, que irão avaliar e autorizar o uso do equipamento (carro).
Os tipos de carros variam bastaste, em termos de modelo e de custo, para adequar as diversas legislações. Segundo a fonte número 26, o investimento pode variar entre R$ 50.000 e R$ 70.000 ou a montantes mais altos, ao redor de R$ 200.000, conforme a tecnologia utilizada, adequações de suspensão e freios para tolerar o peso da cozinha e os equipamentos instalados.
Há pequenos, médios e grandes. No planejamento, o empresário deverá levar em conta que tipo de comida deseja comercializar, que equipamentos serão necessários dentro do veículo para garantir a segurança dos alimentos vendidos, as questões relativas às partes elétrica e hidráulica, material de divulgação da marca, como adesivagem e pintura, e, enfim, quanto poderá investir no negócio. De posse dessas informações, ele encontrará diversos modelos no mercado para escolher o que melhor se adaptará ao seu negócio, a saber:
- Triciclos: uma das vantagens dos triciclos é que a licença para dirigir é a mesma de motocicleta, habilitação A. Eles possuem cinto de segurança abdominal e não é preciso usar capacete em trechos urbanos. Podem ser usados para comercialização de alimentos refrigerados e congelados, desde que com compartimento térmico. Têm como limitação o espaço reduzido, que impacta tanto na quantidade a ser vendida como no número de pessoas que podem trabalhar. Em termos de estoque, a estratégia é ter próximo ao triciclo um apoio (depósito) para o abastecimento de produtos ao longo do dia de trabalho.
- Food bikes: esta é a alternativa mais econômica, de menor custo e sustentável de comercialização de alimentos sobre rodas, podendo ser customizado conforme o cliente, tendo a opção, também, de ser refrigerado para a venda de sorvetes, sacolés e iogurtes. As limitações do modelo são idênticas às citadas para os triciclos.
- Kombi: Estilo marcadamente retrô. Muito procuradas para comércio de alimentos.
O menor custo também favorece a preferência. Todavia, modelos muito antigos requerem manutenção sistemática e muitas vezes não têm os itens de segurança exigidos pelo Detran. O aspecto limitante é seu espaço para instalação de equipamentos e estoque, o que diminui a autonomia de venda em eventos de dia inteiro.
- Vans: Segundo a fonte 26, é considerado o melhor veículo a ser adaptado, pois a legislação de SP limita o tamanho do carro em 6,30 metros. Outro aspecto que favorece a escolha por vans é o maior espaço (em relação principalmente a kombis) para a instalação de equipamentos e estoque de alimentos, gerando uma autonomia maior em eventos.
- Cart: Equipamento separado do motor do carro, anexado a carro mestre. Vantagem: não requer carteira de motorista de caminhão, podendo o dirigente contratar o responsável por levar o cart ao evento. Demais características semelhantes às vans e aos caminhões.
Para os carros, além dos requerimentos legais sanitários e de prefeitura, outros aspectos precisam ser considerados, como permissão de condução (carteira de motorista para caminhão), IPVA, seguro automotivo, custos de estacionamento, entre outros.
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Grande |
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Médio |
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Pequeno |
Os caminhões poderão operar em dois tipos de negócio:
a) Alimentos elaborados previamente por completo:
Nesse caso, o truck é basicamente um ponto móvel de revenda, no qual o comércio é realizado e o cliente adquire um produto que foi preparado totalmente em momento anterior, em cozinha própria ou locada pelo proprietário do truck, que tenha alvará sanitário.
b) Alimentos manipulados:
Nessa situação, os empresários oferecem alimentos que serão finalizados no momento da venda. O pré-preparo será feito em outro local, como na cozinha própria ou locada, com alvará sanitário, sendo que os ingredientes pré-prontos devem estar disponibilizados de forma embalada e identificada segundo os padrões da legislação sanitária vigente.
Com relação ao local de atuação, a ideia implícita é que os caminhões se movimentem, estacionando e oferecendo seus produtos em locais diferentes da cidade. Entretanto, as cidades não dispõem de artifício legal para regrar a utilização dos espaços públicos de maneira itinerante, e, atualmente, apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná possuem regramento para estacionamento dos trucks em áreas fixas, em área pública.
Devido a essa lacuna na legislação, os trucks, em sua grande maioria, têm atuado em áreas privadas, como estacionamentos, shoppings, parques ou terrenos locados. Nesse formato, o empresário enfrenta altos custos de diárias com locação do espaço onde estaciona o truck, além de ter limitada sua área de atuação.
Continua no próximo post.....
Fonte: SEBRAE